segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Napoleão Bonaparte: Um Louco Ou Visionário



Todo grande homem, que permanece vivo ao longo dos séculos, que se torna ou faz história, que promove alguma mudança social é considerado um LOUCO. Assim aconteceu com Napoleão Bonaparte, homem de família humilde, nascido na Córsega a 15 de agosto de 1769, ridicularizado pelos colegas fidalgos da escola militar, o jovem Napoleão, que não tinha nenhuma finess, galgou as altas sociedades graças ás estratégias militares e políticas, conquistando com astúcia e impulsividade toda uma França, projetando-a para o desenvolvimento, quebrando as amarras da monarquia para instituir poder ao povo Burguês.
Proclamou-se Imperador, governou um Império intitulado Napoleônico, ditou suas próprias leis, arquitetou estratégias que aterrorizaram e conquistaram nações. Impulsionou uma revolução que mudaria para sempre a história daquele país, construiu a França moderna e sagrou-se o Salvador da nação francesa.
Mas, apesar de todos os seus feitos, muitas vezes, a história o descreve como um déspota obstinado pelo poder, um ditador tirano que promoveu guerras sangrentas em prol de si mesmo. E que morreu exilado na Ilha de Santa Helena, privado dos luxos, da ostentação e poder e até da companhia do filho único, Francisco Carlos José Bonaparte, fruto do segundo casamento com Maria Luísa da Áustria.
Porém, sem o general Bonaparte, a França não teria progredido, continuaria em seu arcaico regime monárquico absolutista explorador, regido pelo feudalismo, por sabe-se lá quanto tempo.
A Revolução Francesa foi um marco do desenvolvimento capitalista, instaurou a liberdade, igualdade e fraternidade, refreou o domínio inglês atingindo a sua economia e instaurando o Bloqueio Continental, criando a nova Constituição em prol dos burgueses, criou o Banco da França, tarifas protecionistas, intensificou o desenvolvimento da indústria e valorização do comércio nacional. Suas incursões científico-militares pelo Egito impulsionaram a egiptologia moderna. Se não fosse por Napoleão a Pedra de Roseta não teria sido encontrada e os hieróglifos ainda seriam uma incógnita.
Napoleão foi um homem obstinado e de princípios rígidos que tinha visão de um futuro promissor para a França. Mas como tudo um dia tem seu declínio, o Império francês conheceu o seu ao mesmo tempo em que chegou ao seu apogeu. Em 1812, seu império que havia sido erguido diante do poderio e estratégias militares, começou a ruir na incursão a Rússia, a falta de comida e o frio extremo dizimaram quase todos os soldados franceses. Com a tropa desfalcada, seus inimigos (Inglaterra, Rússia, Prússia e Áustria) uniram-se para depor Bonaparte.
Em 1814 as tropas inimigas depõem o imperador e o exilam na Ilha de Elba. Contudo este exílio não dura muito, mesmo de longe, Napoleão acompanha os acontecimentos na França, vê que com Luis XVIII no trono, a monarquia é reinstaurada e que o povo clama a volta de seu imperador e clama pelos direitos conquistados em 1789.
Napoleão retorna, então, a Paris, não para reestabelecer o Império, mas apenas para assegurar as conquistas do povo. É recebido com alegria e triunfo, para desagrado de seus inimigos que voltam a unir-se e enfim o derrotam na Batalha de Waterloo, na Bélgica. Bonaparte decide então entregar-se, a fim de evitar nova revolução e mais perdas. Foi deportado para a Ilha de Santa Helena onde é mantido em completo isolamento. Vem a falecer em 5 de maio de 1821, após longa agonia.
Napoleão deixou um legado de revoluções, lutas pelos direitos e um orgulho de ser Francês. O jovem introspecto, estudioso, de caráter impulsivo e obstinado que rapidamente ascendeu na sociedade e escreveu seu nome na história, pode ter sido sim, um louco, mas um louco com visão de progresso  e que não se deixou intimidar, mas sim, enfrentou seus adversários, de cabeça erguida, tornando-se para sempre o Herói da França.

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